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Antônio Ferreira Vianna nasceu em Pelotas em 11 de maio de1832. Filho de João Antônio Ferreira Vianna Júnior e Senhorinha da Silveira.
Em 1844, Ferreira Vianna partiu para o Rio de Janeiro matriculando-se no Ginásio Pedro II, então a melhor escola secundária do Império. Em 1850 formou-se "bacharel em Ciências e Letras”. Diferentemente do secundário atual, este título habilitava o portador a lecionar qualquer disciplina na área das Ciências Humanas, e dava livre entrada nas faculdades da época
No ano seguinte matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, destacando-se como estudante, orador e jornalista. Em 1852, no seu segundo ano, foi um dos fundadores da revista "Ensaios Literários do Ateneu Paulistano".
Em 1854, fez parte da comissão de redação desta revista, e em 1855 foi seu presidente. Ao mesmo tempo, de 1852 à 1853 dirigiu "A Hora", jornal político de São Paulo.
No ano de 1855, gradua-se e em 1856, conquista o titulo de doutor por apresentação de tese. No mesmo ano é nomeado promotor público no Rio de Janeiro, cargo que ocupa até 1860.
Ferreira Vianna começou a sua carreira política elegendo-se deputado geral pelo Rio de Janeiro em 1869, cargo do qual se reelegeu sucessivamente até 1889, com exceção de 1878 à 1881, sempre pelo Partido Conservador, ao qual pertenceu até a extinção deste pela República.
Nesse ano de 1868, e até o ano seguinte, ele exerceu o posto de redator chefe do Diário do Rio de Janeiro. Ele viria a fundar e dirigir outro jornal, "A Nação”, e também colaboraria no "Correio Mercantil", todos do Rio de Janeiro, onde morou de 1856 até a morte.
Como a legislação da época permitia, paralelamente à deputado geral, foi vereador pelo Rio de Janeiro, chegando à presidente da Câmara Municipal. Exerceu também a advocacia com muito brilho.
No ano de 1872 tornou-se diretor-geral das Aulas Municipais do Rio de Janeiro. Fundou várias entidades de assistência social, incluindo algumas escolas. Em 1888 começa o período mais glorioso de sua vida. Com a chegada do Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira ao cargo de primeiro-ministro, este chama o nosso biografado para o Ministério da Justiça. Ele então redige e faz aprovar a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no país. Mas, a glória durou pouco. No ano seguinte o ministério caiu, e em seguida a República foi proclamada. Com isso Ferreira Vianna retirou-se da carreira política, por coerência. Faleceu no dia 10-11-1903, no Rio de Janeiro.
Antônio Ferreira Vianna foi escolhido patrono do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas por várias razões. Por ter nascido em Pelotas, por ter-se formado em Direito, pela sua militância estudantil e jornalística, pela carreira política e, principalmente, por ter participado de um dos grandes momentos da história do Brasil.
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SOUBRE, J.
VIANNA, Antonio Ferreira, 1833-1903