Description
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Copo de cristal branco para vinho do Porto, gravado a ácido e a buril. Dividido em três faixas: duas na parte superior e inferior do copo, com pontilhados, ladeadas por filetes, gravados a ácido, em fosco; faixa central formada por cinco ramos de flores interrompidas, na face frontal, por uma reserva circular onde se lê um nome gravado a buril, em caracteres góticos. Ladeiam essa faixa, frisos foscos com doze estrelas na parte superior e dez estrelas na parte inferior, todas gravadas a buril. Pé liso e base circulada de perolado.
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Os irmãos Sieber (Guilherme e Henrique) são alemães em Petrópolis. Gravadores de vidro e cristais, estabelecidos inicialmente na rua Boubon (antiga João Pessoa, hoje Nelson de Sá Earp) e depois, em 1862, na rua da Imperatriz, 134 (Hoje, Av. 15 de Novembro). O viajante ou veranista que passasse por Petrópolis, querendo levar uma lembrança do lugar, adquiria na Casa dos Irmãos Sieber, um copo de vidro, com a inscrição "Lembrança de Petrópolis", ou ainda, punha, quando pessoal o timbre, monograma ou qualquer detalhe que distinguisse o seu possuidor. Essa gravação era feita à vista do freguês. Quanto a decoração, deixada ao gosto dos gravadores era sempre a mesma "Paço Imperial de Petrópolis", "Matriz de Petrópolis", motivos florais e as inscrições em letras de estilo gótico. Grande admiradora desses gravadores, era a Imperatriz Teresa Cristina, que encomendou, em 1868, como relatam os livros da Mordomia, quatro copos com vistas do Paço de Petrópolis. Era intenção do Diretor da Colônia, o major Sérgio Marcondes de Andrade, em relatório enviado ao Presidente da Província, em 1857, criar-se uma fábrica de vidros, aproveitando-se a matéria prima do monte da Mosela e esses habilidosos gravadores. Tal intento não foi realizada e dois anos após a Colônia se extingue. Henrique Sieber, casou-se com Catarina Glassow, filha do colono Joaquim Glassow. Henrique e Guilherme foram premiados com medalha de prata, na Exposição Industrial e Artística de 1886