Description
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Prato raso de porcelana inglesa, Copeland. Possui borda azul turquesa com recortes dourados. Ao centro, as armas do titular: escudo esquartelado: O 1º de vermelho, com nove escudetes de prata, postos em três palas, tem cada um, uma cruz florenciada na sua cor que é de Moreira. O 2º de azul com uma estrela de oito raios, de ouro, dentro de uma caderna de crescentes de prata, que é de Carvalho. O 3º de prata, com um leão rompante de vermelho armado de azul, que é de Silva. O 4º de vermelho, com um castelo de ouro sobre um mar de prata. Escudo encimado por um elmo de prata. Por timbre, apoiado ao virol, um cavalo sainte, tendo ao peito o escudo dos Moreira. Paquifes nos metais prata e goles. Atrás do prato, marcado: "COPELAND".
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Francisco Inácio Carvalho Moreira, o barão de Penedo, nasceu em 25 de dezembro de 1815, em Alagoas, e faleceu em 1º de abril de 1906. Era filho do português João Moreira de Carvalho e da alagoana Maria Joaquina de Almeida Silva. Passou grande parte da infância no Engenho Santa Cândida, propriedade do seu pai. Sua vida intelectual teve início em 1834, ano em que se matriculou no curso jurídico de Olinda. Em Pernambuco, passou a conviver com figuras que iriam, como ele, entrar para a história do nosso país: Eusébio Queiroz, Saldanha Marinho, Nabuco, Cotegipe, Zacarias de Góis Vasconcelos e Teixeira de Freitas. Foi aí, embalado por tal convivência, que o futuro barão de Penedo começou a abrir os olhos e a mente para o Brasil. Mudou-se para São Paulo onde, em 1839, sob as circunspectas arcadas da academia paulistana, no Largo de São Francisco, se bacharela no curso de Ciências Jurídicas e Sociais. Recém-formado, enfrentou com sucesso, o desafio de defender no Conselho de Guerra, o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, acusado de chefiar em São Paulo o movimento revolucionário de 1842. E o fez com tanto engenho e arte que logrou obter a absolvição do militar. Um ano depois criou, em companhia de Teixeira de Freitas, Caetano Alberto, Montezuma, Luís Fortunato e Sousa Pinto, a Ordem dos Advogados. Francisco Inácio foi o segundo presidente da Ordem, sucedendo ao conselheiro Francisco Acayaba de Montezuma, o visconde de Jequitinhonha. A personalidade do penedense brilhou, sobretudo, na área diplomática, tendo prestado inúmeros e importantes serviços ao Brasil. Em 1852, por exemplo, assumiu o posto de Ministro Plenipotenciário do Brasil em Washington onde defendeu, com enorme senso patriótico, as posições brasileiras contra a pretensão americana de forçar a livre navegação do rio Amazonas, posição esta defendida por outro alagoano ilustre, Tavares Bastos, que, vaidoso dos seus argumentos tão brilhantes como insubsistentes, não percebia as verdadeiras intenções dos gringos em relação ao grande rio e à Amazônia. Em 1855, foi para Londres assumir o mesmo cargo que tinha em Washington onde teve atuação marcante na chamada Questão Christie. A ele coube, inclusive, conduzir o rompimento das relações diplomáticas com a Grã-Bretanha em 1863. Em 29 de julho de 1964, recebeu o título de barão de Penedo. Em 1900, “o mais notável dos nossos diplomatas do Império” - segundo Oliveira Lima - voltou ao Brasil onde desejava morrer e ser enterrado. Afastado da vida pública, limitou-se a ser um expectador da vida política brasileira. Não gostava do que via, mas permaneceu em silêncio, sofrido e amargurado, como um exilado na sua própria terra. Afinal, aos trancos e barrancos, a república ia, aos poucos, se consolidando. No dia 1º de abril de 1906, morre no Rio de Janeiro com 91 anos.
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MOREIRA, Francisco Inácio de Carvalho, barão de Penedo, 1815-1906
PENEDO, barão de ver Moreira, Francisco Inácio de Carvalho, barão de Penedo, 1815-1906
COPELAND SPODES. INGLATERRA