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Em 1926, o engenheiro Alberto Augusto da Costa e o artista francês Henri Gonot se associaram para transformar uma olaria existente na região numa cerâmica artística. Alberto Augusto da Costa era casado com d. Maria Augusto de La Rocque da Costa, filha de Augusto La Rocque, que, vindo do Pará, adquiriu inúmeras propriedades (a Chácara das Rosas, no Retiro, terras em Moura Brasil, Paraíba do Sul e Itaipava). Alberto mudou-se para Itaipava a conselho médico, passando a administrar as terras de seu sogro, segundo informações fornecidas por sua filha Mathilde ao autor, em entrevista concedida no dia 20 de agosto de 1995. Henry Gonot veio para o Brasil após a Guerra de 1914. No Rio de Janeiro, doente e com dificuldades financeiras, conheceu o poeta Raul de Leoni que o convidou para ficar em sua casa em Itaipava. Em Paris, Gonot havia trabalhado numa fundição denominada Lachenal, onde se fabricavam peças artísticas. Alberto Costa e Henry Gonot eram apaixonados pela cerâmica marajoara e “procuraram se impregnar do espírito dos ceramistas indígenas e adivinhar o segredo perdido da composição do esmalte, das cores e das terras”. Todavia é necessário esclarecer que a cerâmica não produzia apenas vasos e pratos no estilo de Marajó, mas uma grande variedade de vasos, bustos, estatuetas, painéis de azulejo etc., chegando a mesma a manter na cidade de Petrópolis, à então denominada Avenida 15 de Novembro, uma sucursal regida por Gelmino Fazzioni e outra no Rio de Janeiro, no hall do Edifício de Touring Club do Brasil, situado à Praça Mauá, com mostras permanentes da produção artística da referida cerâmica. Esta Cerâmica foi um verdadeiro cartão de visitas do 3º Distrito, sempre atraindo inúmeros veranistas, pela beleza das formas dos objetos artísticos por ela produzidos. Foi também a primeira de uma série de outras que se seguiriam como as de José de Almeida, de Luiz Salvador e a Santa Ettienne, entre outras.
www.ihp.org.br. Acessado em 18 de Fev. de 2013