Description
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Medalha portátil de bronze e ouro feita a partir de moeda de dez réis. O campo do anverso é constituído por uma âncora vazada por cruz com uma turquesa e arganéu com um diamante sobre as armas imperiais. Sobre a âncora, a data e, abaixo, uma palavra também vazada. O aro de ouro com argola é preso à moeda por garras.
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Para a compra do Adamastor foi feita uma subscrição nacional em cujo produto se pretendia obter uma estrutura forte capaz de fazer respeitar o nome de Portugal. Depois de terem preenchido alguns milhares de listas, foi verificado que a importância permitia a compra de um pequeno cruzador. Foi encomendado na Itália, em 1896. Recebeu o nome de Adamastor, um barco de 1.750 toneladas. Foi um dos navios mais viajados, tendo percorrido todos os mares e visitado todos os continentes.
Em 29 de novembro de 1898, o Adamastor chegava ao Rio de Janeiro. Uma comissão de representantes de diversas classes sociais e imprensa acompanhada da banda de música da Vila Capitani fizeram a recepção. A oficialidade e os marinheiros do cruzador foram conduzidos para Petrópolis onde foram recebidos com grande entusiasmo. Uma companhia do regimento policial, sob o comando do capitão Timóteo, prestou as honras devidas.
Foi servido aos marinheiros um almoço na casa do encarregado dos negócios de Portugal, dr. Camelo Lampreia. Após a chegada do presidente do estado, dr. Alberto de Seixas Martins Torres, do corpo diplomático, de autoridades e convidados, começou uma corrida de bicicleta com cinco páreos em que o vencedor foi Francisco Camara, funcionário da Secretaria de Finanças do Estado.
No final das corridas, foram distribuídas medalhas aos vencedores pelas esposas de Torres e Lampreia. A medalha do páreo de Adamastor merece menção, pois era de ouro. As outras também eram de muito bom gosto; constavam de moedas nacionais de 10 réis, com apenas o aro de ouro. Este exemplar faz parte desse conjunto de medalhas.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Editorial Enciclopédia Ltda. Lisboa, Vol I, p. 377. AGUIAR, Mário Noronha. A Cooperação dos portugueses em Petrópolis. Brasil, 1940. P.217.