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Nos séculos XII e XIII, a Ordem dos Templários ajudou os portugueses nas batalhas contra os mulçumanos, o que fez com que recebessem, como recompensa, extensos domínios e poder político, permitindo que castelos, igrejas e povoados prosperassem sob sua proteção. Em 1314, o papa Clemente V, de origem francesa, e Felipe IV da França tentaram destruir completamente esta rica e poderosa ordem, tendo o rei português, d. Dinis, conseguido transferir para a Ordem de Cristo as propriedades e os privilégios dos Templários. Poucos anos depois, o papa João XXII cria a Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, originalmente uma ordem religiosa e militar que recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo, atendendo aos pedidos de d. Dinis. Com o passar dos anos, várias reformulações foram feitas na ordem, mas continuando sempre como ordem monástico-militar, servindo não somente como símbolo nas grandes viagens marítimas para adornar as velas das caravelas portuguesas, mas também para dar poder à Ordem de Cristo de estabelecer o direito espiritual sobre todas as terras descobertas. Em 1789, a rainha d. Maria I a reformou novamente, e a Ordem de Cristo foi secularizada. Com a extinção das ordens religiosas em 1834 e com a subida ao trono de d. Maria II, a Ordem de Cristo também foi extinta. A maior parte dos seus bens foram expropriados e vendidos em praça pública. Mas a rainha constituiu-a em ordem honorífica até sua extinção definitiva em 1910, com a implantação da República Portuguesa. No Brasil, a Ordem de Cristo foi a condecoração honorífica mais largamente concedida por d. João VI, enquanto ele e a corte portuguesa permaneceram em seu reino, na América. Quando regressou a Portugal, no Decreto de 21 de abril de 1821, d. João encarregou o governo-geral e a regência do Brasil a d. Pedro, deixando-lhe assegurado o poder de conferir graças honoríficas às pessoas que ele julgasse dignas dessa distinção. Mas uma lei datada do ano seguinte condicionava, entre outras coisas, a dependência da decisão do rei para conferir as ordens honoríficas, fazendo com que d. Pedro ficasse dependente mais uma vez. Esse impasse durou pouco, porque apenas um ano depois, em 1822, o Brasil se tornaria independente. Muitas disposições e discussões envolveram os dois países sobre a concessão de ordens honoríficas pelo novo imperador que acabou decidindo distribuir os diversos graus das três ordens portuguesas. De 1821 a 1825, d. Pedro I concedeu nada menos do que 1.228 ordens honoríficas portuguesas em solo brasileiro. / Ambrósio Leitão da Cunha nasceu em Belém do Pará, no dia 21 de agosto de 1821, e morreu no Rio de janeiro, em 5 de dezembro de 1898. Iniciou seus estudos em Direito, em Olinda, e formou-se em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade de São Paulo. Presidiu províncias do Império (1858 a 1867) como Pará, Paraíba, Pernambuco, Maranhão e Bahia. Serviu em diversos cargos da magistratura, além de ter sido deputado-geral e senador pela província do Amazonas. Em 1885, ocupou a pasta de ministro do Império no 34º gabinete. Era proprietário da fazenda Santana do Macabu, no município fluminense, onde hoje é Trajano de Moraes, uma das mais prósperas fazendas do estado em sua época. Comendador da Ordem da Rosa e da Ordem de Cristo, era gentil-homem da Casa Imperial e veador da imperatriz Teresa Cristina, recebendo o título de barão com grandeza de Mamoré. Casou-se com Maria José da Gama e Silva, viúva com um filho e nascida em Portugal, com a qual teve seis filhos. Um deles, Pedro, morreu quando, provavelmente, se encontrava trabalhando nas obras de construção da estrada de ferro do Madeira e Mamoré.
http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-a-ordem-de-cristo-presen%C3%A7a-dos-cavaleiros-templ%C3%A1rios-no-brasil -
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Cristo - http://noitesinistra.blogspot.com.br/2014/03/a-ordem-de-cristo-presenca-dos.html#.WfiCGFtSwdU - http://www.sca.org.br/uploads/news/id21/BrasileaOrdemdeCristo.pdf - https://www.scribd.com/document/249679704/A-Ordem-de-Cristo-e-o-Brasil-Tito-Livio - POLIANO, Luis Marques. ORDENS HONORÍFICAS DO BRASIL. Pág. 65 à 69. Imprensa Nacional, RJ, 1943 - https://pt.wikisource.org/wiki/Diccionario_Bibliographico_Brazileiro/Ambrosio_Leit%C3%A3o_da_Cunha -https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambr%C3%B3sio_Leit%C3%A3o_da_Cunha - https://www.geni.com/people/Ambr%C3%B3sio-Leit%C3%A3o-da-Cunha-Bar%C3%A3o-de-Mamor%C3%A9/6000000016060544149 - http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-3316-11-junho-1887-542925-publicacaooriginal-52597-pl.html
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CUNHA, Ambrósio Leitão da, barão com grandeza de Mamoré, 1821-1898
MAMORÉ, barão com grandeza de ver Cunha, Ambrósio Leitão da, barão com grandeza de Mamoré, 1821-1898