Description
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Pertenceu ao barão de Mamoré, Ambrósio Leitão da Cunha. Casaca com bordados a fio de ouro representando ramos de tabaco com folhas finas e frutos decorando o peito, a gola, os canhões, as algibeiras e o enfranque. Do lado esquerdo do peito, pequenas alças de festonet. Botões em metal com a sigla "P.2º.I" encimada pela coroa imperial e circulada por ramos de tabaco e café no peito, nas algibeiras e no enfranque. Atrás, duas pestanas com bolsos falsos e alças para algibeira à direita. Forro em cetim.
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https://pt.wikisource.org/wiki/Diccionario_Bibliographico_Brazileiro/Ambrosio_Leit%C3%A3o_da_Cunha -https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambr%C3%B3sio_Leit%C3%A3o_da_Cunha - https://www.geni.com/people/Ambr%C3%B3sio-Leit%C3%A3o-da-Cunha-Bar%C3%A3o-de-Mamor%C3%A9/6000000016060544149 - http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-3316-11-junho-1887-542925-publicacaooriginal-52597-pl.html - RODRIGUES, J.W., "Fardas do Reino Unido e do Império", Anuário do Museu imperial, vol. XI, 1950 - VASCONCELOS, Barão Smith de. Arquivo Nobiliárquico Brasileiro, Lausanne, Suíça, 1950 - ANUÁRIO DO MUSEU IMPERIAL, Ministério da Educação e Saúde, Petrópolis, Livro 11, 1950
Ambrósio Leitão da Cunha nasceu em Belém do Pará, no dia 21 de agosto de 1821, e morreu no Rio de janeiro, em 5 de dezembro de 1898. Iniciou seus estudos em Direito, em Olinda, e formou-se em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade de São Paulo. Presidiu províncias do Império (1858 a 1867) como Pará, Paraíba, Pernambuco, Maranhão e Bahia. Serviu em diversos cargos da magistratura, além de ter sido deputado-geral e senador pela província do Amazonas. Em 1885, ocupou a pasta de ministro do Império no 34º gabinete. Era proprietário da fazenda Santana do Macabu, no município fluminense, onde hoje é Trajano de Moraes, uma das mais prósperas fazendas do estado em sua época. Comendador da Ordem da Rosa e da Ordem de Cristo, era gentil-homem da Casa Imperial e veador da imperatriz Teresa Cristina, recebendo o título de barão com grandeza de Mamoré. Casou-se com Maria José da Gama e Silva, viúva com um filho e nascida em Portugal, com a qual teve seis filhos. Um deles, Pedro, morreu quando, provavelmente, se encontrava trabalhando nas obras de construção da Estrada de Ferro do Madeira e Mamoré. / Depois da proclamação da independência do Brasil, d. Pedro I muda as cores dos trajes da Corte pelo Decreto de 20 de setembro de 1822, no qual foi determinado um novo modelo e uma nova cor, usando o verde-escuro para todos os uniformes. Foi abolida a forma redonda e aberta, chamada “farda de corte”, assim como o colete comprido, não só dispendioso como também impróprio para o clima nos trópicos. Adotou-se, então, a casaca abotoada, com corte reto até a cintura e com abas compridas. Mas o segundo imperador assina outro decreto em 20 de julho de 1828, restabelecendo, nas fardas dos primeiros uniformes, os bordados de padrão português que eram utilizados antes da independência. Mesmo causando descontentamento na política brasileira, somente após a abdicação de d. Pedro I as fardas que foram estabelecidas em 1822 voltaram a ser usadas, mas sem uma lei que garantisse o banimento do decreto de 1828. No Decreto de 20 de agosto de 1840, foi regularizada a situação de repulsa pelo primeiro uniforme de padrão português que foi, então, oficialmente abolido. Assim, quase um mês depois da declaração da maioridade, a farda do primeiro uniforme passa a ser a farda que servia ao segundo uniforme e a do segundo passa a ser o que era o terceiro uniforme. Em serviço, foi permitido o uso de casaca verde, aberta, com gola e lapela deitadas apresentando bordados somente na gola. Essas fardas foram mantidas até o fim do Segundo Reinado. / Aos senadores do Império brasileiro do Segundo Reinado foi permitido o uso do uniforme especial, pelo Decreto nº 266, de 19 de abril de 1843, constando para o primeiro uniforme uma casaca verde acolchetada ou usada aberta com bordados guarnecendo o peito, a gola, os canhões, o contorno da algibeira e o enfranque, usada com colete, calça e chapéu.
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CUNHA, Ambrósio Leitão da, barão com grandeza de Mamoré, 1821-1898
MAMORÉ, barão com grandeza de ver Cunha, Ambrósio Leitão da, barão com grandeza de Mamoré, 1821-1898