Description
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Varetas em marfim entalhadas e filigranadas decoradas com motivos chineses. Folha em papel com pintura a guache representando a cena da chegada da família real e da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808. Em primeiro plano, as esquadras portuguesa e inglesa. Em segundo plano, à direita, o Pão de Açúcar e o Forte São João, no Rio de Janeiro, e à esquerda, a Fortaleza de Santa Cruz, o Forte Gragoatá, a Igrejinha da Boa viagem e o povoado onde hoje é parte da atual cidade de Niterói. Fortes, fortalezas e embarcações saúdam com salva de canhões a nau “Príncipe Real”. Abaixo da cena, em reserva branca, a data "7 DE MARÇO". Guarnição com motivos florais. Verso com trabalho em folha de ouro decorado com ave e rosas, ao centro, pintados a guache. Botão do eixo em madrepérola.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugal - http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao6.html - http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/vinda_familia_real.htm - https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasil
No ano de 1808, Napoleão Bonaparte estava prestes a invadir Portugal com suas tropas. Ciente de sua incapacidade militar para enfrentar os franceses, o príncipe regente d. João resolve transferir a corte portuguesa para o Brasil, a sua mais importante colônia, contando com a ajuda de seus mais importantes aliados, os ingleses. Em 29 de novembro de 1807, 14 navios zarparam de Lisboa, trazendo não somente a família real, mas centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também, muito dinheiro, bens pessoais, obras de arte, documentos, livros e outros objetos considerados de valor. Depois de parar na cidade de Salvador, a família real portuguesa chega ao Rio de Janeiro, no dia 7 de março de 1808, sendo saudada na Baía de Guanabara por fortes e embarcações. Nos 13 anos em que a corte portuguesa permaneceu em solo brasileiro, várias medidas econômicas foram tomadas por d. João para facilitar sua governabilidade e acabaram beneficiando o Brasil, assim como as medidas do ponto de vista cultural, que estimularam o desenvolvimento das artes na sua antiga colônia. No Brasil, d. João se tornou rei d. João VI de Portugal, Brasil e Algarves, a partir da morte da rainha e sua mãe, d. Maria I, em 1816.